quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A noite que era para ser a ver um filme II


Esta noite eu era outra vez o Ninguém. Um resto de mim arrastava o peso deste corpo. Este resto olhava em volta e não via nada, só o resto preso às coisas que não fiz. As coisas que mandam neste resto e o carregam. Eu era só o resto e o Ninguém.
Nesta noite não vimos o filme, porque ainda outra vez as palavras tomaram conta do tempo e de nós. Nesta noite rimos muito da vida e ela de repente era leve e eu já não era apenas o ninguém, era a esperança iluminada de um dia a viajar.

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