domingo, 2 de janeiro de 2011

O que vale a pena






Não quero o faz de conta, quero o que acontece
espontaneamente e devagar, mesmos que os outros não vejam,
não sintam, mas quero sentir.
Não quero que pareça, quero que seja.
Quero chegar e ver, não a visão do esforço do tentando ser, mas
as janelas abertas e o vento a entrar.
Os outros são o pó da estrada de que não me lembro.
O tempo já não é o mesmo e já não consigo esperar. Já não chega, já não satisfaz.
Abandonei para sempre a resignação e hoje só quero saber do sítio onde posso sempre recomeçar. Do que vale a pena, do que me afaga, do que me preenche e do que fica comigo a fazer parte de mim, o resto não vale a pena, não vale a pena viver a vida tentando ser o que não somos.