Trago-te comigo
cada dia.
Caixa arrumada e
fechada, sem mágoa, para olhar e relembrar o que vale a pena.
Como se te visse
da janela, ao longe, à distância das memórias boas
Estavas lá
sossegada, fazias parte de mim, sim, mas imóvel, tocada apenas, por vezes, pelo
pensamento, e rapidamente guardada no seu lugar.
Uma caixa
fechada sem chave mas arrumada, na lógica pacífica da vida, no seu lugar.
Não posso dizer
que não me apeteça abrir-te e deixar tudo cair no chão, agitar-te e andar
contigo aos tombos, retirando-te da ordem sossegada e segura que dita o que
somos, quando tem que ser.
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