Naquele dia saí de casa e achei que não podia nada.
Subi as escadas duas a duas e lamentei a vida, circular, e minha.
A parte de mim que ficou por dizer.
O espaço por preencher
e a porta entreaberta.
E o meu riso sossegado onde permaneço,
como se não houvesse nessa hora meias verdades e a mesma estrada,
já não sei o que os meus olhos sentem quando ouço o mar.
Afastei a importância das coisas,
a sua definição concreta e o espaço que ocupam.
Para puder voltar ao que guardo sem deixar de partir.
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