Eu, criatura viciada, dependente e prisioneira dos adiamentos,
tento em cada dia mutilar a memória do que não fiz e adiei.
Amor e ódio
posso e não posso
é hoje não amanhã
daqui a pouco
mas já??
sobe o sangue à cara
e as mãos manchadas de calor
apertam os dedos enlaçados, enlameados de embaraço....
e num momento apenas descobrir a adrenalina do fazer
a satisfação
do concretizado e ser eu também,
de repente apenas eu.
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